Acerca do Tarot

10-02-2020

Quando consultamos o Tarot ou um qualquer Oráculo, não se pode afirmar que a diferença nas respostas que se obtêm seja abissal, muito pelo contrário. Talvez a maior diferença esteja mesmo no valor que atribuímos a cada um destes instrumentos sagrados para quem os usa com a pura intenção de ajudar a clarificar o caminho de alguém.

O Tarot aponta um caminho, mostra possibilidades, acrescenta-nos, "obriga-nos" a olhar em determinadas direcções e a ver a nossa vida e os factos nela contidos sob novas e refrescantes perspectivas.

Os Oráculos também funcionam dessa maneira. Aliás, só funcionam dessa maneira. Quem interpreta os símbolos, tem de saber trabalhar confortavelmente com as informações contidas em cada lançamento, tem que ter uma postura isenta. Não pode querer vestir a pele do cavaleiro que salva a donzela do dragão.

Quem interpreta o Tarot é apenas o mensageiro das notícias, não pode dourar a pílula, não pode compor a história, não lhe compete esse papel. O papel do intérprete da linguagem simbólica sagrada, é o de se assegurar que a mensagem chega ao destinatário e que é devidamente compreendida de forma clara e isenta. O que o consulente faz com a informação não é da responsabilidade de quem interpreta.

Então, quando decidir consultar o Tarot ou outro Oráculo deve fazê-lo com reverência.

Lembre-se: estará perante uma ferramenta sagrada milenar, que tem sido mantida viva ao longo de incontáveis gerações. Muitos dos nossos ancestrais deram a vida ou sofreram para que este tesouro chegasse intacto até aos nossos dias. É nosso dever cuidar dessa herança. É uma forma de honrar os nossos ancestrais.

Muitos de vós pretendem que o Tarot (ou mesmo qualquer outra ferramenta) seja uma tábua de salvação. Pensam que a consulta resolverá os vossos problemas ou que lhes poderá trazer todo o tipo de garantias, porém, não poderiam estar mais longe da verdade.

Ninguém, absolutamente ninguém, seja que tipo de tarólogo, terapeuta ou facilitador for, tem o direito, ou o poder, de lhe dizer o que deve fazer em relação às suas escolhas e decisões.

A nossa missão é simples e humilde e serve apenas um propósito: o de o reposicionar ante si mesmo, levando-o a fazer um movimento interno de olhar noutra direcção. De olhar para dentro, para si!

Portanto abra o seu coração e escute com amor e humildade a mensagem que os Arcanos lhe querem transmitir.

Quando quiser interpretar um dado momento na sua vida, orientação sobre uma escolha, sobre a vida familiar, afectiva, profissional, espiritual ou mesmo sobre a saúde... pode estar certo que a tudo o Tarot responde. Por vezes, se não sempre, a resposta é uma orientação, a qual o obriga, de certa forma, a reequacionar os seus padrões de vida, de comportamento, as suas escolhas, decisões e atitudes.

As respostas nem sempre são de acordo com os nossos desejos, expectativas ou intenções, porque o Tarot não cede a caprichos, nem a egos inflamados. Ele fala a secreta e antiga linguagem da alma, portanto, revela-se àquela parte de nós que é divina, que é essência pura.

Cabe a nós escrever a nossa história, pois o Tarot como qualquer outro oráculo, a meu ver, não pode determinar a nossa história de vida, antes permite obter informações acerca das possibilidades que se nos apresentam num dado momento da nossa existência na Terra.

Eva Veigas

S. Domingos de Rana, Cascais
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